quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Origem da Palavra Favela

Você já parou para pensar qual o motivo de chamarmos os bairros pobres e sem infraestrutura de "FAVELAS"? Eu sempre achei que fosse um nome indígena ou qualquer coisa assim,mas a história é bem mais interessante que isto.
O origem do nome "FAVELA" remete a um fato marcante ocorrido no Brasil na passagem do século XIX para o século XX: a Guerra de Canudos.

Na Caatinga nordestina, é muito comum uma planta espinhenta e extremamente resistente chamada "FAVELA"(Cnidoscolus phyllancatus), que produz óleo comestível e combustível!

Entre 1896 e 1897, liderados por Antônio Conselheiro, milhares de sertanejos cansados da humilhação e dificuldades de sobrevivência num Nordeste tomado de latifúndios improdutivos e secas, criam a cidadela de Canudos, no interior da Bahia, revoltando-se contra a situação calamitosa em que viviam.

Em Canudos, muitos sertanejos se instalaram nos arredores do "MORRO DA FAVELA", batizado em homenagem a esta planta. O Morro da Favela em dois momentos: Guerra de Canudos (esquerda) e atualmente (Direita)
Com medo de que a revolta minasse as bases da República recém instaurada, foi realizado um verdadeiro massacre em Canudos, com milhares de mortes, torturas e estupros em massa, num dos mais negros episódios da história militar brasileira, feito com maciço apoio popular.
Quando os soldados republicanos voltaram ao Rio de Janeiro, deixaram de receber seus soldos, e por falta de condições de vida mais digna, instalaram-se em casas de madeira sem nenhuma infraestrutura em morros da cidade (o primeiro local foi o atual "Morro da Providência"), ao qual passaram a chamar de "FAVELA", relembrando as péssimas condições que encontraram em Canudos.

Este tipo de sub-moradia já era utilizado a alguns anos pelos escravos libertos, que sem condições financeiras de viver nas cidades, passaram também a habitar as encostas. O termo pegou e todos estes agrupamentos passaram a chamar-se FAVELAS.
Mas existem vários "MITOS" sobre as Favelas que precisam ser avaliados...
01 - Costumamos achar que as maiores Favelas do mundo encontram-se no Brasil, mas é um engano. Nenhuma comunidade brasileira aparece entre as 30 maiores do Mundo. México, Colômbia, Peru e Venezuela lideram o Ranking, em mais um triste recorde para a América Latina.

Vista aérea da Favela de NEZA, nas proximidades da Cidade do México.
A Maior do Mundo, com mais de 2,5 milhões de Habitantes
02 - Outro engano comum é achar que as Favelas são um fenômeno "terceiro-mundista", restrito a países subdesenvolvidos ou emergentes. Apesar de em quantidade bem menor, países desenvolvidos como Espanha também tem suas Favelas, chamadas por lá de "Chabolas".

03 - E um terceiro mito é o de que as Favelas apenas aumentam, não importa o que o governo faça...A especulação imobiliária e planos governamentais já acabaram com algumas favelas, mesmo no Rio de Janeiro. O caso mais famoso é o da Favela da Catacumba, ao lado da Lagoa Rodrigo de Freitas, que foi extinta em 1970. A Favela do Pinto também é um outro exemplo...

Dizia-se que no local existiu um Cemitério Indígena.
ORIGEM DOS NOMES DE ALGUMAS FAVELAS DO RJ

sábado, 19 de novembro de 2011

A geração digital não sabe navegar

18/11/2011
Da revista Época
No início dos anos 1990, uma coleção de enciclopédias tinha o mesmo valor educacional que um microcomputador tem hoje em dia – eram ótimas ferramentas de pesquisa para os estudantes. Para quem tem menos de 20 anos, pode parecer incompreensível. Como uma coleção de livros de capa dura, grandes, pesados e difíceis de manusear, pode ser tão eficaz quanto os programas de busca da internet, que nos colocam a dois cliques de qualquer resposta? A geração que nasceu depois do surgimento da internet tem a sua disposição o maior volume de informação da história. Mas novos estudos sugerem que a intimidade dos jovens com o mundo digital não garante que eles sejam capazes de encontrar o que precisam na internet.
Uma pesquisa da Universidade de Charleston, nos Estados Unidos, mostra que a geração digital não sabe pesquisar. Acostumados com a comodidade oferecida por mecanismos de busca como o Google, eles confiam demais na informação fácil oferecida por esses serviços. O estudo mostrou que os estudantes usam sempre os primeiros resultados que aparecem após uma busca, sem se importar com sua procedência. No estudo, os pesquisadores pediram a um grupo de universitários que respondesse a algumas perguntas com a ajuda da internet. Mas fizeram uma pegadinha: fontes de informação que não apareceriam no topo da lista de respostas do Google foram apresentadas propositalmente como primeira opção. Os estudantes nem notaram a troca: usaram as primeiras respostas acriticamente. Outro estudo, realizado pela Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, pedia que 102 adolescentes que estavam se formando no ensino médio buscassem termos diversos em sites de pesquisa online. Todos trouxeram os resultados, mas nenhum soube informar quais eram os sites usados para obter as respostas: se veio da internet, já estava bom.
A conclusão dos cientistas é que os estudantes de hoje confiam demais nas máquinas. Em princípio, esse comportamento faz sentido, porque os sistemas de buscas oferecem conteúdos cada vez mais relevantes. Mas gera uma efeito colateral preocupante: a perda da capacidade crítica. “Precisamos ensinar os alunos a avaliar a credibilidade das fontes online antes de confiar nelas cegamente”, diz Bing Pan, pesquisador da Universidade de Charleston. “As escolas deveriam ajudar os estudantes a julgar melhor as informações.”
O cenário descrito pela pesquisa não é exclusivo dos estudantes americanos. O paulistano Leonardo Castro, de 15 anos, estudante do 1º ano do ensino médio da escola Arquidiocesano, em São Paulo, diz que usa a internet para fazer 80% de seus trabalhos escolares. A fórmula se repete a cada trabalho: ele acessa o Google, insere o tema da pesquisa, consulta dois ou três sites que tratam da mesma coisa e redige seu texto. “Dou preferência aos resultados que estão na primeira página”, afirma. Ele tem algumas fontes que considera mais confiáveis, como o site Brasil Escola. Conta que os professores incentivam o uso da internet nas pesquisas e alguns sugerem sites específicos que os alunos deveriam visitar. Mas Leonardo só se preocupa com as fontes de informação na hora de relacionar as referências usadas na pesquisa – algo diferente de olhar criticamente a informação antes de usá-la no trabalho.
A vestibulanda Clarice Araújo, de 18 anos, estuda no Imaculada Conceição, colégio tradicional de Belo Horizonte. Desde o 5º ano do ensino fundamental, ela usa a internet como principal ferramenta para ajudar nas lições. Os buscadores também se tornaram aliados em sua preparação para o vestibular e para a última prova do Enem. Clarice acertou 90% das questões, uma boa marca para quem pretende cursar medicina na Universidade Federal de Minas Gerais. Segundo ela, a maioria dos professores do colégio incentiva o uso da internet e sugere os melhores sites para pesquisar. “Já tomei um puxão de orelha por ter me baseado em apenas um site”, diz Clarice. “Sei que deveria verificar a origem das informações, mas, na maioria das vezes, uso só o bom-senso.” Os professores contam que a maioria dos estudantes não faz nem isso. Eles simplesmente copiam (com algumas palavras trocadas) informações que aparecem nas primeiras respostas do Google. É uma maneira muito limitada de usar a rica fonte de informações que é a internet. O caminho para evitar isso é o mesmo que se requer em qualquer outra disciplina: orientação e acompanhamento.
“O professor pode indicar alguns sites mais confiáveis para a pesquisa na hora de pedir um trabalho”, diz Adilson Garcia, diretor da escola Vértice, de São Paulo. Só isso, porém, pode não ser suficiente para formar alunos capazes de pesquisar de maneira crítica, criativa e independente. Primeiro, é preciso lhes mostrar como funcionam os mecanismos de busca. Eles devem entender que critérios esses serviços usam para hierarquizar suas respostas. Sabendo como os buscadores operam, podem restringir as buscas e obter resultados mais precisos. Em segundo lugar, os estudantes têm de aprender a verificar a procedência da informação, analisando em que tipo de site ela está publicada e se é confiável. O Google não escolhe suas respostas com base na veracidade ou qualidade do conteúdo. Por fim, os estudantes devem ser incentivados a confrontar a mesma informação em diferentes sites, para perceber como a orientação de cada um pode resultar em abordagens diferentes. “É preciso transformar os alunos em críticos da informação”, afirma a professora Maria Elisabeth Almeida, coordenadora do programa de pós-graduação em educação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. “Esse não é um desafio apenas das escolas do Brasil. É um problema mundial.”

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Eventos em outubro

Lançamento doa livro e evento Hip Hop

O professor Angelo Serpa, docente do Instituto de Geociências da UFBA e pesquisador do CNPp, lançou seu livro LUGA E MÍDIA (Ed. Contexto), no dia 19 de outubro, no Instituto Cultural Brasil-Alemanha (Corredor da Vitória), com participação do grupo Simples Rap'ortagem.

Jovens do grupo de hip-hop assistindo pelo protagonismo juvenil, coordenado pelo senhor Hélio Freitas.

Seminário: O Direito como instrumento de combate aos preconceitos

Realizado entre 24 e 26 de outubro, o seminário O DIREITO COMO INSTRUMENTO DE COMBATE AOS PRECONCEITOS, na Faculdade de Medicina da UFBA (Abertura) e na Reitoria (Programação).

Tratou-se de um evento de enorme importância social, já que os preconceitos provocam grandes malefícios, principalmente às classes médias e pobres - onde a discriminação é muito mais forte.

O objetivo foi de promover a discussão sobre as diversas formas de discriminação por qual a sociedade é atingida e traçar estratégias para combatê-las. A programação contou com debates sobre discriminações em razão de gênero, etnia, religião e orientação sexual; discriminação contra idosos, deficientes e usuários de drogas; além de abordar o ensino jurídico e o papel do direito no combate aos preconceitos.

Arte em ação:

Evento realizado no dia 29/10, um sábado, onde a AÇÃO SOCIAL DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DA BAHIA - CEI’S e ESPAÇO AVANÇAR puderam proporcionar a comunidade do BAIRRO DA PAZ, a oportunidade de ter orientações médicas, oficinas de lanches e pizzas, artesanato, orientações nutricionais; para as crianças teve oficina de música, capoeira, pintura, amostra de artes feitas pelas crianças das CEI’S, acesso a internet, jogos online, corte de cabelo, entre outros.

Mobilização que não deixou a desejar e superou todas as expectativas da organização. Mais de 450 pessoas foram beneficiadas e atendidas, e não escondiam a satisfação ao saírem.

Feira do Empreendedor:

A Feira do Empreendedor é promovida pelo SEBRAE e acontece em todos os estados da Federação. Com mais de 80 edições e 1,5 milhões de visitantes, é considerada o maior evento de empreendedorismo do mundo.

Representa um importante instrumento para o momento e geração de emprego e renda, além de contribuir para o processo de desenvolvimento econômico e social da região onde é realizada.

Na feira, os visitantes têm acesso a produtos e serviços que auxiliam os empreendedores a iniciar, expandir e diversificar seus negócios. O ESPAÇO AVANÇAR esteve presente, em um espaço cedido pela ABRASEL, oferecendo folders e informações sobre cursos profissionalizantes, oferecidos em nossa sede.

Nordeste Gourmet

Evento realizado de 27 a 29 de outubro. O Nordeste Gourmet ofereceu atividades que aliam técnicas e sabores da culinária internacional a ingredientes regionais com temas como: novas tecnologias na cozinha, comida para criança e a nova cozinha nordestina.

Também foram promovidos debates e degustações, com sommeliers e enólogos, acompanhados da exposição de vinhos e outras bebidas.

Em paralelo, oportunidades comerciais puderam ser firmadas nos stands das empresas participantes, e uma delas foi o ESPAÇO AVANÇAR, oferecendo mão de obra, indicações de alunos que foram formados no espaço através dos cursos do SENAC.